É natural ao acabar de assistir “Quanto Vale ou é por
Quilo?” sentir certo desconforto, e não poderia ser diferente! Vivemos em uma
“SOCIEDADE” em que é cada um por si e Deus por todos, onde cada “cavalo” puxa a
corda para o seu lado e nessa perda de energia em potencial, não saímos do
lugar. “Atolamos” no barro e derrapamos nas curvas do tempo quando falamos em
progresso COMUM!
Jorramos palavras pela boca, como um hidrante jorra água:
“Se cada um fizer a sua parte e pensar no seu próximo...” Mas nessa chuva de
letras, as vogais e as consoantes se confundem e o nosso próximo é pura e
simplesmente nosso filho, nossos pais, sangue do nosso sangue. Um sangue em que
ainda questiono-me se é HUMANO!
“E com a recompensa pela
escrava fugida o capitão-do-mato pode agora criar seu filho, alimentá-lo e
educá-lo com dignidade e liberdade.” O silêncio consente. Somos apenas mais
uma engrenagem desse processo corrupto e irracional. Dessa reprodução de atos
egoístas e constantes. Um legado de tristeza e morte. Capitães-do-mato do
presente, embora pudesse ser do passado até mesmo do futuro. A história se
repete. E você sentiu ao menos vontade de mudar, nem que sejam os pensamentos?