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Quem sou eu (@eduborile)

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Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brazil
Quem eu sou? Eu sou o resultado consciente da minha própria experiência. Minhas emoções são radares em um mundo de incertezas. Meus olhos são os intérpretes do meu coração. Minha imaginação é a visão da minha alma e os meus pensamentos são a minha perdição. Este blog vai provar que é possível visualizar o cotidiano com uma ótica diferenciada!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

quinta-feira, 28 de abril de 2011

"MORRER SE NECESSÁRIO FOR , MATAR NUNCA!"

A frase acima é muito inspiradora e faz-nos refletir o quão humanos somos. Já que os portugueses ao colonizar o Brasil, consideravam os índios, assim como os negros, seres sem alma.
Agora pense que essa frase foi dita por um marechal das forças armadas brasileira!

Pois é, Cândido Mariano da Silva Rondon, derrubou esse esteriótipo de “general durão”. Descendente de indígenas, Rondon ficou órfão de pai e mãe ainda quando criança. Seguidor do movimento positivista, que tinha por objetivo colonizar os índios,sempre foi um defensor dos verdadeiros descobridores do Brasil.

Com o intuito de levar o progresso para o a região oeste do país, o “bandeirante elétrico”, construiu mais de seis mil quilômetros de linhas telegráficas ( que os indígenas chamavam de “língua de Mariano”), ligando esse Brasil que até hoje desconhece-se. Afinal, viver em um país com dimensões continentais tem suas desvantagens. Algumas regiões riquíssimas em cultura conhecemos apenas pela TV ou internet.

Os índios respeitavam Marechal Rondon, chamavam-no de "grande chefe". Para se ter ideia da grandeza desse título, os caciques das tribos tinham titulação menor.
Como todo humanista, Mariano Rondon, foi um homem simples, amigo de todos. Talvez fora o único marechal do exército brasileiro em tempo de paz, desbravador da selva, onde sequer uma gota de sangue derramou.

Com uma invejável política de paz Cândido Rondon, negava-se a revidar os ataques dos índios. Para ser respeitado é necessário respeitar. Considerava os índios como seres independentes, portanto cabia a eles viver como bem entendiam, rusticamente ou não. Eram livres! Além de lutar para que todos os indígenas tivessem uma habitação própria, necessária para sua sobrevivência.
“ Quem se lembra do Marechal Cândido Rondon? Sem cultura e com educação deficiente, o Brasil é um país em memória” Já lamentava a escritora Raquel de Queiroz, lá em 1957.

Cândido Mariano da Silva Rondon, um brasileiro. Talvez não tenha marcado seu nome na história por medalhas ganhas em batalhas sangrentas, onde não há um verdadeiro vencedor. Talvez nem mesmo quisesse travar tais batalhas. Contudo o marechal “grande-chefe”, deixou um legado no exército brasileiro, – como por exemplo a política pacificadora das tropas brasileiras no Haiti – e na forma de informar aproximando o Iapoque ao Chuí. Foram tão significativas suas ações que o estado de Rondônia, tem esse nome em homenagem ao marechal. (e as homenagens não param por aí: a nota de mil cruzeiros estampava o rosto do herói humanitário brasileiro) Comunicar-se é necessário, mesmo que por código morse ! Se penso logo comunico-me, se comunico-me logo existo, se existo sou humano! Independente de raça. Somos todos brasileiros!


Fonte: SANTOS, Eloy* – Quem se lembra do Marechal Cândido Rondon? - Artigo publicado em 04 de agosto de 2008, no site OVERMUNDO.

*Eloy Santos é jornalista, articulista e redator de televisão.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

SHOW DO TOM !

Há quem diga que nascemos com uma missão! Uma tarefa já nos designada antes mesmo de nascermos. Há quem não acredite, mas se levarmos em consideração essa lenda, Thomas Alva Edison, quando nasceu, deveria receber uma manual do aprediz, para auxiliá-lo na sua "Bíblia de Missões" . Pudera! O homem era o cara! O intitulado "gênio da lâmpada" poderia muito bem ser chamado de "pai do telefone" ou o "gênio do projetor de cinema". Não à toa fora considerado o cidadão mais útil dos EUA ( e por que não o da humanidade!?).
Quem nunca imaginou ter um pedaço do sol na palma da mão? Edison não somente imaginou como deu forma ao sonho. Contudo, não fora simples como Deus disse " Faça-se a luz!".Thomas errou mais de mil vezes antes de chegar naquele filamento de algodão carbonizado, que dentro de um bulbo de vidro brilhou 45 horas seguidas.

Pense! Quantas vezes você depois de ter fracassado repetidamente em qualquer coisa tentou mais uma vez? Por incansáveis que sejam as vezes, creio que nunca chegara perto de 100 tentativas. E então mil? Thomas Edison poderia ser chamado também de o "gênio do otimismo". Extrapola nossa compreensão a grandiosidade desse fato!
Engana-se quem acha que Tom - apelido dado pelos amigos- teve uma formação acadêmica ao nível da sua genialidade ( se isso fosse possível, é claro!). Edison não frequentou a escola regularmente. Foi alfabetizado em casa, um autodidata apaixonado pela leitura, Thomas defendia que genialidade não serve de nada sem  (muito) trabalho: "Gênio é 1%  de inspiração e 99% de traspiração"

Uma ideia não posta em prática, sequer EXISTE!

Thomas Edison, produziu o primeiro filme fictício da história, dando assim, origem ao gênero cinematográfico.
 Steven Spielberg não seria um diretor aclamado mundialmente sem Edison! Brincadeiras à parte, o " Show do Tom" um dia chegou ao fim, como um dia o nosso também chegará. Contudo sua luz continua acesa. E em nossas casas! Todos os dias!

Há pessoas que nascem predestinadas! Predestinadas a mudar o mundo. Deixá-lo um pouco melhor do que como encontraram. No caso de Edison, um pouquinho mais ILUMINADO!!!  

quarta-feira, 6 de abril de 2011

CORREIO : MANDOU, CHEGOU?

Depois de um  longo e tedioso dia de trabalho, cerca de seis horas sentado em frente ao computador, você não vê a hora de ir embora, ainda mais tratando-se de uma sexta feira. Nas palavras de Galvão Bueno : "Acabou!É Tetra! É Tetra!"
Você chega em casa e: Opção 1 - Liga a tv para ver as catástrofes, mortes, assaltos...Opção 2 - Vai dormir indiginado com seu salário. Opção 3 - Liga o rádio e ouve uma música para relaxar. Opção 0 - Liga o computador e fica mais umas três horas navegando. Resposta correta!
Liga o PC, abre o navegador, checa seu e-mail, twitter, facebook. Vê as atualizações dos seus amigos no Orkut. Fala com um parente distante através do MSN e ao mesmo tempo envia um SMS para sua namorada.
Até então nada anormal, não é mesmo?
Agora imagine um mundo sem tudo isso! Onde o único meio de informar (além é claro que falar ) seja a CARTA! Um mundo, onde para você saber o que aconteceu na Inglaterra, por exemplo, você esperaria semanas, meses, para a informação chegar até você (e se chegar!). Caso fosse uma pessoa curiosa e impaciente, você embarcaria no primeiro NAVIO para a Inglaterra e chegaria lá na próxima estação do ano. (Isso se você não encontrar um iceberg antes. Que crueldade!)
Para que você hoje envie um SMS ou e-mail, seu avô teve que passar por isso.  É quase impossível imaginarmos um mundo assim. Mas ele existiu! E deixou um legado importantíssimo para os dias atuais.
Quando recebemos uma carta, nela consta nosso nome, estado, cidade, rua, o número da nossa casa, CEP...e ela vem lacrada! (Século XXI, ora pois!) Mas nem sempre foi assim.
Imagine um telefone-sem-fio com proporções internacionais, onde a mensagem altera-se a cada pessoa que recebe e trasmite. Esse foi o correio, onde APENAS repassar a informação era o que menos acontecia. Era um fato rotineiro as cartas sofrerem rigorosas mudanças para não causar um rebuliço digno de guerra.
Assinar uma carta exigia coragem e confiança à quem entregar. confiança essa, quase sempre desmerecida, afinal, todos sabiam QUEM escreveu e O QUE escreveu PARA QUEM escreveu. ( Cadê a privacidade?)
E o meio de transporte?
Ou você confiava sua carta a um desconhecido montado a cavalo, que passava a outro desconhecido montado a cavalo, que passava à outro, à outro e assim consecutivamente até o destino. Ou confiava-a a um maluco velocípede (e não é o papaléguas!) que pegaria sua carta e sairia correndo como um maratonista (sem revezamento!) que depois de horas, talvez dias (se chegasse vivo) entregá-la ao destinatário. ( Eu fico com a segunda opção, ao menos a informação não vaza!)
Agora, pense duas vezes antes de xingar o carteiro que joga as cartas no chão e sai correndo para seu cachorro não arrancar-lhe a mão!
Usuários e senhas, hoje com o e-mail, tudo é mais sigiloso. Certo? Errado! Todos os computadores possuem o vírus Stuxnet. Mas fique tranquilo "[...] é inofensivo para Windows, Mac OS ou qualquer sistema operacional que você conheça [...] não foi feito para danificar computadores, mas para destruir centrífugas (enriquecedoras ) de urânio." (Revista Super Interessante - O vìrus que salvou o mundo. p.70). Fica o alerta para quem está contruindo uma bomba nuclear!
O uso da carta diminuiu gradativamente, anexado ao fato das novas tecnologias ganharem cada vez mais espaço. Seja por serem novidade ou por facilitar a comunicação, tornando-se ótimas opções com um belo custo-benefício "tempo-dinheiro". (vale lembrar que o correio era privilégio de reis e hoje podemos mandar quantas mensagens quisermos ao custo de R$0,50!)
O correio ainda sobrevive e tem papel fundamental. Veja o que acontece quando os Correios estão em greve! Contudo, convenhamos, você prefere receber um e-mail que é encaminhado para milhares de pessoas tal e qual como recebeu, ou prefere receber uma carta, direcionada somente a você e escrita à mão?

terça-feira, 29 de março de 2011

Papel: Mais antigo que andar para frente?

Não adianta negarmos! Somos seres dependentes da fala. Proferir aos quatro cantos do mundo o que pensamos faz parte do nosso DNA. Seja uma simples conversa com um desconhecido que acabara deconhecer no ponto de ônibus, ou um longo e descontraído bate-papo com um velho amigo que você não vê há anos
Essa sensação inquietante e ao mesmo tempo misteriosa de "puxar conversa", persegue o homem há séculos. Não é à toa (e isso está comprovado historicamente) que as inovações técnologicas têm o intuito primordial de "APROXIMAR PESSOAS".
Com o passar dos dias, horas, minutos, o ser-humano percebe que só falar não resolvia e para não esgotar todas as suas ideias de uma só vez -assim como dividiu o tempo- o homem decide dividir o seus pensamentos. Por simples falta de captação de mensagens (memória), ou até mesmo para renovar e modificar suas inéditas, "opniões de mundo formadas" a partir da visão!
Porém, para dividir esses devaneios ele necessitava de um fiél escudeiro: a Escrita! De anagramas ao alfabeto, o homem vai moldando a recente descoberta.
Da mesma maneira que viu-se obrigado a reiventar-se no processo evolutivo da escrita e notando que agora necessitava de um "veículo ativo" ( em constante movimento) para publicar a novidade recém inventada. A partir dessa necessidade o homem (chinês! Brincadeira!) através  de experiências (ora baseadas em pesquisas, ora obras do acaso) dá origem o papel! E isso contribuiu para sua memória: quem escreve aprende mais:
"Cientistas da Noruega constataram que quem escreve uma informação à mão, se lembra mais do que se tivesse apenas digitado.A escrita manual demanda mais esforço e concentração do cérebro, favorecendo o processo de aprendizagem" (Revista Super Interessante - Bruno Garattoni na matéria Supernovas, publicada em Março de 2011 p.19). 
O papel aceita tudo e é de fácil exclusão. Problema resolvido. Poderia escrever o quanto desejasse e caso mudasse de ideia era só fazer uma bolinha e arremessar no lixo. (Aliás, quem nunca fez isso!)
Obviamente que não foi tão fácil assim...
Para entendermos um pouco mais, vamos partir da evolução PAPIRO-PERGAMINHO-PAPEL.
Não há data definidam, estipulada que "cadastre" que período histórico que o papiro surgiu, porém sabe-se que foi utilizado inicialmente pelos egípcios (viu? Eles não têm contribuição histórica apenas nas pirâmides). Foi um produto artesanal (finíssimas tiras de madeira, sobrepostas e cruzadas) que conquistou grande aceitação, logo gerou-se um monopólio envolta do papiro que posteriormente abasteceu regiões da Ásia e da Europa.
 O pergaminho surge no século II a.C, onde baseado num fato lendário, o Rei de Pérgamo (área equivalente a Tuquia) Eumenes II sofre represália. O Rei tinha a ambição de um centro de estudos na cidade, porém segundo Antônio F. Costella  "[...] Os faraós do Egito não viam com bons olhos essa pretensão que punha em risco a supremacia de sua famosa biblioteca, instituição máxima da época, e [...] proibíram a venda do papiro em Pérgamo"
Sem alternativa, Eumenes, fazendo uso de peles de animais inventou o pergaminho. O aprimoramento do projeto de seu centro de estudos, associado ao crescimento contínuo da mesma, levou à necessidade de quantidades mais significativas de material de escrita. Tal fato , associado ao bloqueio árabe do Mediterrâneo, contribuiu para a natural aceitação do pergaminho. (Não tem TU, vai TU mesmo!)
Como Costella mencionou : "Nessa época, o papel que depois tornaria-se o sucedâneo ideal do papiro e do pergaminho, ainda nem chegara ao continente europeu."

Antes de chegarmos ao PAPEL (de fato), vamos com calma!
Ao contrário do que imaginava-se, descobertas históricas/arqueológicas comprovaram que já havia sido fabricado no século II a.C na China Setentrional. Costella reforça:
"Convém  também lembrar que em suas remotas origens o papel avizinha-se ao longo dos tempos tiveram a mesma finalidade."
 Isso gera discussão para a evolução até hoje mistificada do PAPIRO-PERGAMINHO-PAPEL, onde a ordem dos fatores pode estar alterada. Levando em consideração que papiro e papel vieram a surgir paralelaente, contudo em regiões distintas. ( Repare: SEM burlar os limites da CHINA).
 Costella menciona:"Cabe aos chineses a glória da invenção do papel [...] podemos afirmar que no início da nossa era, o papel chinês já existia e estava pronto para iniciar um longo e moroso itinerário tendo por cenário o mundo e por cronologia os séculos". 

A humanidade chegara a um ponto deplorável, como Costella relata: "Raspar as escritas de pergaminhos antigos para neles registrar nos mesmos e ainda, recortando-os depois de raspados para neles desenhar imagens sacras [...] Incalculável foram as obras da Antiguidade perdidas [...] o que nos restou [...] somente se salvou por intermédio dos árabes." 
Certamente depois dessa informação, você vai parar de pensar que os árabes só servem para protagonizar guerras e atentados terroristas. Certo? Errado!
Houve uma batalha entre chineses e árabes. Os chineses saíram derrotados  e alguns prisioneiros capturados pelos árabes eram papeleiros. Conforme Costella : "Tornaram-se ( os papeleiros) preciossíssimo despojo de guerra, pois ensinaram aos árabes a técnica de fabricar papel."
Não foi dessa vez que os árabes foram absolvidos!
Como um jovem em busca de emprego, o papel fez várias "entrevistas" em países da Ásia ( China, Coreia, Japão, Índia , Vietnã...) e até mesmo África (Marrocos...) antes de chegar à Europa. Costella revela que: "Cerca de um milênio e meio demorou para o papel para partindo da China chegar à Europa, e não  sabe onde aportou primeiro."  França? Alemanha? Holanda? Portugal? Inglaterra?
Foi um processo burocrático mas como o jovem do parágrafo anterior, ele foi "contratado pela humanidade"com a missão de aproximar um escritor apaixonado do século XV, com um adolescente que acabara de ter uma forte discussão com a namorada.
 Com o tempo, tornou-se um produto de grande aceitação, vindo a ser utilizado até mesmo para fins higiênicos. ( O papel não só reiventou o modo de informar!)

Para quebrar barreiras, deixando para trás muita desconfiança ( e antes de se tornar higiênico) o papel foi perseguido por muitos preconceitos durante sua trajetória, fato que sucinta a lentidão na sua aceitação.
Chegaram a dizer que o papel era frágil demais e, por isso indigno de confiança. Fragilidade nesse contexto histórico significava pouco.O preconceito foi anexado a origem do papel. Origem religiosa.Costella salienta:
"Embora o papel seja mesmo mais frágil  do que o pergaminho, tamanha reação foi reflexo, em parte, de um forte preconceito religioso. O papel chegara pelas mão dos árabes e dos judeus, os maiores inimigos de uma Europa, à época, fanaticamente cristã. Logo forçosa e irracionalmente, sofreria o estigma dessa origem."

Depois dessa "volta ao mundo" do papel, paremos para analisar o mundo sem ele. Sem ele: você não teria ouvido falar em Shakespeare, Pero Vaz de Caminha não daria à Portugal o conhecimento do "descoberto" Brasil,  você nem mesmo teria assistido Avatar! Afinal, o filme seguiu um roteiro escrito ( espero eu )  em PAPEL.(Exagerei!) Ele é tão importante que serve de inspiração para muitas inovações tecnológias ( as mesmas com o intuito de Aproximar Pessoas ) como é o caso do I Pad 2 
" Do primeiro para o segundo, o I Pad perdeu um terço da espessura. A tela delgada, maleável [...] está mais perto do que se imaginava. Nesse ritmo de redução anual, em 12 anos (ou seja 2023) o I Pad terá a grossura de uma folha de papel." ( Fábio Altman em matéria publicada na revista Veja - 9 de Março de 2011 "Rumo ao papel digital - p.14
O mundo reiventa-se a todo momento, contudo há coisas (como o papel) que deixam marcas únicas que tendem a reproduzir-se permanentemente. Nessa escada evolutiva onde estamos situados, talvez andar para frente não é mais a solução e dar um passo à trás seja a alternativa para enfim, darmos dois passos à frente!

OBS: TODAS as citações de Antônio F. Costella foram extraídas do livro "Comunicação - Do Grito ao Satélite"

segunda-feira, 21 de março de 2011

Do Grito ao Satélite!

Jornal, segundo Antônio F.Costela (Comunicação - Do Grito Ao Satélite p.13) "[...] é toda publicação dotada de periodicidade e variedade de matéria"  e publicação segundo o mesmo autor "[...] é  o ato de tornar público, levar conhecimento ao público." Com essas afirmações podemos levar em consideração que  "jornal" é uma forma de tornar público fatos que acontecem (numa determinada região, município, estado, país)ao mundo. Isso vale também para uma fofoca, um bilhete, uma carta, um jornal impresso ou televisionado e uma rádio.
Para chegar ao consenso de que conhecemos por "jornal impresso" houve muitas divergências e fatores históricos que contribuíram para a construção do mesmo. Seja para agregar ou dificultar o caminho. (pelo bem ou pelo mal)
Acredita-se que na Antiguidade, já haviam manuscritos que eram publicados, contudo não há relatos históricos que comprovem essa tese.( Afinal, escrever mil cópias até o fim do dia tornaria uma informação nova, ultrapassada!)
Os romanos foram o povo que mais se aproximou de um jornal impresso. Por isso talvez atribuam-lhes a paternidade. É verdade que as publicações em tábua branca (chamadas de álbum) eram informações afixadas nas paredes anualmente, para o vislumbre de todos. Mas é verdade também que eram informações censuradas pelo governo, muito semelhante ao "serviço" de PÃO E CIRCO, onde o entretenimento mascarava a real situação do império.  Foi um jornal de mural. Detalhe: SEM jornalistas!
Na Idade Média, a comunicação em âmbito geral minguou. Como Costela (Comunicação - Do Grito Ao Satélite p.20) mencionou: "[...]trancado na pequena área territorial o homem europeu alienou-se do resto da humanidade."
A censura imposta tinha sempre o intuito de extinguir a comunicação, logo não interessava de nada saber o que acontecia com o resto do mundo.Por simples restrição ou até mesmo por acomodação e falta de criatividade.
Os jornalistas desse período histórico eram chamados de jograis: espécie de repórter que captava informações e publicava-as fazendo o uso apenas da voz e da sua capacidade de comunicação. A Idade Média caracterizou-se pelo surgimento dos jornalistas SEM jornais.
Tudo fez parte de um processo de aprimoramento. Contudo o intuito é sempre o mesmo: levar a informação ao MAIOR número de pessoas em MENOS tempo possível.
No Brasil já no século XX, grande parte  dessa obcessão pelo MAIOR em MENOS deve-se também ao JORNAL DO POSTE que trouxe essa concorrência de ser o primeiro. (isso não significa o melhor!)
Um pequeno jornal. Uma folha muitas vezes com campos para completar que eram preenchidos até mesmo à mão. Causou ira aos grandes jornais da época por chegar antes da informação alheia.Colocado em postes estratégicos na cidade de São João Del Rei-MG, recebeu o nome de Jornal do Poste. É uma mistura de um  plantão diário de emissoras de televisão (tais como um Globo Notícia, com várias edições diárias) com um publicidade de parada de ônibus.(onde algum dia você já parou para ler)
Os "posteiros de plantão"estavam sempre bem informados. A satisfação era tanta que muitos deles "assinavam" o jornal. ( E pagavam caro!)
A dinâmica anteriormente citada do MAIOR número em MENOR tempo dá-nos perspectiva para entender um pouco a publicidade e a propaganda baseada no intuito de que o jornal do poste assemelha-se a um propaganda.

O raciocínio é simples e lógico. A explicação nem tanto.
Vamos trabalhar com a tese do: EMISSOR - MENSAGEM - RECEPTOR.
Um JORNAL-EMISSOR deseja transmitir a MENSAGEM ( antes que outro JORNAL CONCORRENTE ) ao LEITOR. Se obter êxito angariará mais leitores. Leitores esses que tornam-se fiéis ao jornal (um "posteiro de plantão" moderno).
Com mais pessoas lendo, maior ênfase e importância esse JORNAL-EMISSOR recebe.
As empresas notam esse sucesso  e  decidem apostar colocando um anúncio no mesmo( afinal, os clientes dessa empresa também leem esse jornal).  A mesma é destacada e  consequentemente ganha mais clientes, tornando-se a primeira do ramo. (seja lá qual for: automobilístico, esportivo...)
Resumindo: O que chegar PRIMEIRO leva!
POR QUE?
Porque somos seres VISUAIS. A maioria das nossa ações está ligada ao poder de nossa percepção visual.
O que os olhos VEEM, o coração SENTE, AGE e COMPRA! Já disse Robin Bansky - um artista inglês que em seus trabalhos critica o sistema capitalista- (no livro Wall and Piece)"[...] Não podemos fazer nada para mudar o mundo até que o capitalismo desmorone. O consolo é fazer COMPRAS!" 
O jornal evoluiu como nós. E como nós será que ele evoluiu?
Fica a pergunta, pois a resposta gera discussão para mais um POST...!

quinta-feira, 10 de março de 2011

Roteiro - Como gritos e gestos tornaram-se toques !


Quem nunca sentiu-se mal ao falar, falar e parecer nunca ser ouvido ? Convenhamos, é uma situação desagradabilíssima (com todas as letras!). Agora imagine você viver, num mundo onde TODOS não entendem NADA o que TODOS dizem. Pois bem, creio que os primeiros gritos e gestos não eram assim tão claros, como um bocejo que significa "Estou com sono!"
Desenhar em rochas tornou-se uma alternativa para expressar os pensamentos e lembranças. Símbolos foram criados.Esses símbolos foram passados ao papiro -um "ancestral" do papel .Esses papéis receberam letras, palavrasm, tornando-se cartas.
Tidas como motivo de inveja entre as mulheres há séculos atrás (pudera, nem todas tinham um admirador secreto), as cartas, contribuíram com uma grande parcela para o desenvolvimento da comunicação, principalmente por ser confidencial. O poder do papel reina até hoje, com menos intensidade, continua sendo utilizado e nunca fica ultrapassado.
O rádio, fora o meio de comunicação que revolucionou a comunicação. A "voz sábia", normalmente grave, tem até hoje um papel fundamental na sociedade: informação na hora certa.Sempre!
A televisão move multidões para a frente da telinha ( que agora é uma tolona) todos os dias. manipula opniões, cria heróis e vilões, gera discussões...uma infinidade de informação ao alcance dos nossos olhos.
O telefone e logo depois o celular ainda geram discussões: Como é possível falar com uma pessoa do outro lado do mundo em tempo real? (OBS: Quem tiver essa informação, por favor, comente neste blog. "É uma dúvida pessoal!")
E o computador. Nunca antes os relacionamentos estreitaram-se como hoje, como no computador. A internet com as redes sociais ( Twitter, Facebook, etc) interatividade total! Os notebooks tornaram o mundo móvel. Podemos nos comunicar com qualquer país, em qualquer língua, de qualquer lugar , a qualquer hora! (UFA!)
Os Tablets são os queridinhos do momento. Eles tornaram os livros e jornais digitais. O papel pouco-a-pouco torna-se um detalhe. o mundo acontece em nossas mãos através de um toque.
O futuro com certezareserva-nos muitas surpresas com as quais talvez nunca tenhamos imaginado. tudo evolui para facilitar os meios de comunicação. Falar ou escrever, enfim, expressar-se nunca foi tão necessário!
... 

Tecnologia e Comunicação

2001 - Uma Odisseia no Espaço de Stanley Kubric, é um filme antigo, produzido em uma época onde os recursos audiovisuais não eram tão expressivos, como hoje; contudo a cena abaixo dá pano para manga em um assunto muito amplo, presente no nosso dia-a-dia: A "evolução" da comunicação.
Em um ambiente pacato, os seres relacionavam-se simplesmente , comiam, bebiam, simplesmente EXISTIAM.Viviam em bandos.Agrupados defendiam-se.Outro bando aproxima-se, cria-se um conflito.Um conflito pro água. O bando A que dominava o "laguinho" perde o comando do mesmo para o bando B, que através de gritos e gestos afasta o grupo A. 
É na dificuldade que os líderes aparecem!
Até então tudo estava calmo, tranquilo. Um ser insatisfeito com a situação é lavado a pensar.Enfim PENSAR!!! Em um ataque de fúria uma ideia aparece:asalvação do seu grupo e a futura destruição da humanidade.A primeira arma: a ALAVANCA.
Uma grande tecnologia para a época. Uma inovação que poderia "alavancar", literalmente,a evolução da humanidade, porém mudou o rumo da história.Sobrepor-se sobre os outros animais, caracteriza o homem até hoje.Comunicar-se através da força! (se é que isso é possível...) Com o poder em suas mãos, o homem decide reprimir as palavras (ou ao menos a tentativa de reproduzir sons) à força dos músculos.
A tecnologia contribui para tornar o mundo uma teia, onde estamos todos em sintonia.Não precisamos mais andar de bando em bando para comunicar-se com o outro lado do mundoem tempo real.
Tecnologia e comunicação vão andar sempre juntas, de mãos dadas. A evolução da primeira contribui diretamente para o crescimento contínua da segunda.O tempo comprova. Cada dia nos surpreendendo!
DICA: tomemos cuidado para uma palvra não agredir mais que uma pancada (com ou sem alavanca). E para isso as palavras digitadas num Tablet são as mesmas transmitidas por sinais de fumaça.
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